Scarlett Johansson – Anywhere I Lay My Head

Atriz, sex-symbol e agora cantora, Scarlett Johansson levou a sério a historinha de lançar um CD, e não é que ela fez direitinho, mais nem tanto...

Ela quis inovar e ser diferente de outras atrizes que migraram para o mundo da música, e lançou um álbum repleto de covers do Tom Waits (famoso por fazer colaborações em trilhas sonoras de filmes e por sua voz grossa e rouca). O álbum ainda contém uma faixa inédita composta pela própria Scarlett, "Song For Jo", a melodia é bem diferente das outras, sendo mais leve e menos melancólica. O disco tem uma pequena colaboração de David Bowie na produção de duas faixas: “Falling Down” e “Fannin Street”. “Falling Down” é a primeira faixa de trabalho e não vem dando muita repercussão não, já na música “Fannin Street” tem a participação do David Bowie fazendo uns Ôôôôs insuportáveis atrás do coro de vozes. Essas duas faixas são consideradas as mais melancólicas do álbum, mas na minha opinião, tem músicas mais melancólicas ao decorrer do disco. A faixa “I Wish I Was in New Orleans”, por exemplo, é a mais melancólica de todas por seguir uma única sonoridade, não apresentando em nenhum momento uma variação de ritmo, tento como resultado um toque sonolento, assim com a faixa “Song for Jo”. A faixa “I Don’t Wanna Grow Up” (Ficou famosa na regravação feita pelos Ramones em 95) é a única por ter um toque mais alegre onde tem uma virada sutil do álbum, mais não consegue se encaixa perfeitamente no álbum.

“Town With No Cheer” e a faixa-título “Anywhere I Lay My Head” são as faixas onde a Scarlett ficou meio perdida. Sua voz grossa e um tanto alegre se perdeu no meio de tanto efeitos e ecos, ficando meio apagada e grave demais.

O álbum deve ser ouvido numa situação mais calma, para não correr o risco de achá-lo insuportável, de preferência num dia de chuva, deitado e com o pensamento só na musica ou também numa situação muito conhecida como “fossa”, é uma boa pedida!

A atriz disse ter estudado vários tipos de sons durante o processo de gravação, até os sons emitidos por uma coruja (Ôo) a Scarlett disse ter gravado e estudado e, se a intenção dela era mostrar algo além do corpo e dos volumosos seios, conseguiu! O disco ficou um pouco difícil de classificá-lo em um só estilo musical, por ser tão maduro, original, melancólico e estranho demais.

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NOTA: 7,0